Quando chega ao fim do tratamento normalmente vem um alívio inicial, mas a preocupação com recidiva ou metástases podem ser um sentimento comum para a maioria dos pacientes, o que leva a uma grande ansiedade para a realização de exames de imagens.
O foco pós tratamento vai muito além da realização de exames, ampliando-se para preocupação com o bem-estar, melhora do estilo de vida saudável, retorno as atividades de trabalho, familiar e pessoal. Caso durante o tratamento a pessoa tenha vivenciado grandes mudanças, retornar pode ser um pouco mais difícil e a ajuda de vários profissionais pode ser imprescindível.
Além disso, os tratamentos podem ter efeitos colaterais passageiros ou alguns podem durar muito tempo para desaparecer. Por isso o paciente deve ser acompanhado de perto pela sua equipe médica.
De uma forma geral o objetivo do acompanhamento é:
IMPORTANTE: não há consenso entre os oncologistas quanto ao seguimento adequado e ideal nesses casos.
De forma geral, seguindo as recomendações da sociedade americana de oncologia (ASCO) e sociedade Europeia de oncologia (ESMO), deve-se fazer consulta de companhamento regular, exame físico completo e exame de imagem mamária a critério do mastologista.
O exame físico deve ser realizado a cada 3 a 6 meses durante os primeiros 3 anos. E a cada 6 a 12 meses nos anos 4 e 5, e anualmente a partir de então. Na ausência de sinais clínicos ou sintomas sugestivos de doença recorrente não há indicação de exames laboratoriais ou de imagem para rastreamento de metástases.
Costumo seguir as recomendações citadas acima e analisar alguns fatores como idade, tipo e extensão do tumor, presença ou não de predisposição genética, etc. Desta maneira acabo estabelecendo uma rotina de acompanhamento individualizado e pode variar de paciente para paciente.
Dou bastante atenção para o exame ginecológico anual, possivelmente com ultrassonografia ginecológica que faz parte da rotina da mulher. Além disso, acho interessante a avaliação da vitamina D e em certos casos a realização de exames para checar a densidade mineral óssea (presença de osteoporose ou osteopenia).
Dra. Ludmila Thommen Teles
Muito importante ,saber de tudo meu médico não fala claramente,ele só fala quando pergunto,tenho muita dúvida ,mais o seu texto dr me tirou algumas dúvidas , obrigada dr Ludmila.
Muito boa explicação. Tirou dúvidas que o médico no consultório não tira.
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